POST III... Como amar alguém em onze dias!

Falo de amor, porque para mim, amar vai muito para além de gostar de algo ou alguém. Ao contrário de muitas pessoas não me custa utilizar a palavra amor ou amo-te, porque quando a verbalizo, quero expressar um sentimento muito mais genuíno e forte do que o simples gosto de ti.

Amo a minha família, a minha namorada, o meu clube, a minha Penny Lane, a música, e algumas outras coisas mais. Amo tudo isto e... gosto da vida.

Nos últimos onze dias conheci um dos seres mais fantásticos ao longo, dos longos, 31 anos e 8 meses da minha existência. Aconteceu de forma fortuita, numa saída para uma refeição nocturna.

A certa altura aparece "ele", aproximou-se e de pronto tanto eu como S88 nos prontificámos a partilhar um pouco do nosso alimento. Giro, bonito e fofinho, adjectivos fáceis de expelir perante a figura apresentada, crueldade, indignação e raiva soltaram-se com a mesma agilidade perante o quadro entretanto tornado claro.

Entre um e outro olhar trocado com S88 e mais umas quantas palavras, tornou-se claro para nós que urgia fazer algo.

Para mim, o momento em que se deita a dormir debaixo da nossa mesa foi decisivo na decisão que tomei. Vamos "levá-lo" para casa. À condição claro!

Dar para adopção entre os demais amigos e conhecidos, dar para adopção para quem quer que goste deles, ou, por fim, entregar numa instituição.

Chegados a casa prestámos os primeiros cuidados. Banhinho, (ai que água tão porca!!!), carinhos, comidinha e aguinha e já tínhamos ganho um novo amigo. Nós e a Penny, um pouco a custo para ela uma vez que se via agora obrigada a partilhar o seu espaço, os seus brinquedos, a sua cama, a sua manta, os seus donos e a atenção destes! Não era coisa pouca.

Os dias foram passando, e por entre irritações minhas com o tempo que estava a levar encontrar uma solução para "ele", o carinho foi-se desenvolvendo, o hábito de o ter por perto também, e agora, no fim de toda esta história o amor que sinto, jamais poderei esquecer.

Sabia que tudo tinha de ser rápido pois tinha medo do que veio a acontecer! Eu sabia, mas não podia fazer nada. Curioso e extraordinário o sentimento que desenvolvi em tão pouco tempo, tão forte que equacionei mil vezes a certeza e a racionalidade da minha decisão conjunta com S88. Por muitos motivos a razão teve de prevalecer ao coração.

E agora por muito que me custe, e acredite-se que custa, sei que tomei a melhor decisão para todos. Ou pelo menos, a que considero a melhor para "ele".
Em onze dias, foram muitas as brincadeiras, as lambidelas, as alegrias, os beijinhos, os arranhanços, os colinhos, os abracinhos, os passeios e as correrias, as "sobazinhas" nas nossas almofadas e, acima de tudo, a elevação e dignidade que um Ser, não sendo um ser humano, teve numa situação de tristeza para ele, ainda conseguir dar tanto amor e carinho a nós, todos os dias, tornando alegre e feliz a nossa chegada a casa.
Custa-me despedir, por isso não o faço, e fico muito feliz porque lá num cantinho onde sei que vou estar, onde só muito pouca gente sabe do que estou a falar, sei que "ele" vai estar à minha espera, a guardar o meu amor que já lá está, para juntos partilhármos alegrias de novo. Portanto, não perdi nada por o encontrar, só ganhei!

A porta da nossa casa estará sempre aberta para "ele", a dos nossos corações, acredito que posso falar por S88 neste caso, "ele" já a abriu e neles já conquistou por mérito o seu lugarzinho numa mantinha especial, só "dele", para sempre "dele"!

Foi muito, muito, muito bom!

Foi muito, muito, muito curto!

Serão muitas, muitas, muitas as saudades!

Agora só para "ti", sabendo que não lês e não falas a minha língua, mas que me sentes e compreendes tudo o que te digo, tal como decerto compreendeste tudo o que te disse instantes antes de ires embora...

ÉS LINDO e.. EU AMO-TE!

Da música nasceu este blog, da música nasceu o teu nome, da música deixo-te umas palavras...

Have a nice life, have a nice life
Hope you find all you´re looking for
I hope it goes well, I hope you get lucky
And find... the right one... the one love...

OBRIGADO, KILLER!...

POST II... post scriptum

No seguimento do POST II, só mais umas letrinhas que quero partilhar com vocês...

Na mesma linha de raciocínio, e fazendo hoje precisamente 9 anos que as Torres Gémeas foram atacadas pelos terroristas, terá sido mesmo assim???!!???, já imaginaram o Osama em vez de mandar aviões, atacasse as torres com "quaabulis"? Acham que teria o mesmo efeito?

Sim, porque se na idade média ainda há quem pense que as melancias eram armas, tipo, vamos lá comer um machadinho para ajudar na digestão e depois da soneca atacar uma aldeiazita com melancias, porque não poderia o Osama ter pensado em levar a sua avante atacando as torres com "quaabulis" que é nada mais nada menos que um "mexido de arroz, cenoura e uvas passas"? Ah, ok, as torres são duas? Então para a segunda podemos acrescentar uns "maachichas", que são "quaabulis acompanhados de carne de carneiro", sempre pode ser que alcance um índice de destruição maior!!!

Ridiculo hein?

Até ao próximo post...

POST II... woman takes wattermelon to face from giant slingshot!

Mulher leva com uma melancia na cara de uma gigante catapulta!

O título já de si é sugestivo, aconselho o visionamento do trailler antes de mais nada...

http://www.youtube.com/watch?v=2pgZ8adAZ_0

...(watching trailler)... zzzzzzzzzzzzzzz

Já está?

Ok, então vamos lá. Ao visionar este video até eu tenho dificuldades em considerar o que de mais parvo existe nele! Se a mulher que atira a melancia, se quem a incentivou a fazê-lo, se toda a envolvência do video em si!

Vejamos:

- tendinhas às corzinhas laranjas e bordeaux´s, verdinhas e amarelas, Medieval - sim

- bobo bem equipado a fazer malabarismos com uma espécie de maçaricos, Medieval - sim

- catapultas em madeira, com cordas e couro, Medieval - sim

- armaduras e bandeirinhas dos "three lions" estilo "England", Medieval - sim

- gaja com a bela da camiseta cor-de-rosinha, e relógio no pulso, Medieval - NÃO!

- treinadora loirinha, com topzinho laranja e polarzinho rosinha também, Medieval - NÃO!

- automóveis que se vislumbram ao fundo a cerca de 0:42s do vídeo, Medieval - NÃO!

Perante a incoerência de todo o meio envolvente da acção e suas personagens, só posso considerar este vídeo como sendo estúpido!

Atacar armaduras com melancias??? Que eu saiba na altura usavam-se clavas, facas, lanças, machados e flechas! Para além da estupidez do dinheiro gasto nas melancias para se estragarem, o efeito pretendido não remonta em nada à era medieval. Ou estaremos a imaginar Sir Richard a atacar castelos com "watermelons"!!! Já agora, no topo do castelo estavam os arqueiros defensores a atirar peixes-espada!

Depois acontece o previsível, a autêntica guerreira de camiseta cor-de-rosinha a atirar uma melancia, (lol), e eis que leva com ela na fronha! De pronto aparece a treinadora, também ela muito à idade média, e a primeira preocupação da gaja é: "you have to finish". Mesmo depois da guerreira dizer que não sente a cara, que tem a pior dor de cabeça que já sentiu na vida, e que nem consegue ver com clareza!

Mas "you have to finish" porquê? Vistam-se como deve ser, arranjem armas decentes, e depois sim, podem aplicar-se com o sentido de profissionalismo adequado numa simulaçãozinha medieval como deve ser...

Ah, já me esquecia, não sei se repararam, mas os homenzinhos das armaduras não se mexiam! Díficil acertar né? e muito real também! :)

Até ao próximo post...

POST I... uma bisca na galheta!

Pois bem, ontem, encontrando-me nos meus aposentos, mais concretamente leito nocturno, estava eu a assistir a mais um dos infindáveis episódios do CSI Las Vegas, algo que faço religiosamente todos os dias ao deitar com a S88.

Contextualisando, de facto eu "nunca" ou "quase nunca" consigo assistir a um episódio completo desta série de culto, acabando por me entregar às profundezas do desconhecido antes de esta terminar, ou seja, adormeço "quase sempre". Isto, só por si, já é uma façanha, pois para ser verdadeiro, normalmente, acabo por apenas resistir até à entrada do genérico, esse espectacular "Who are you" dos grandes The Who, de Roger Daltrey e Pete Townshend.

Isto faz com que eu "quase nunca" acabe por saber quem é o assassino que levou a cabo as mortes que eu vi, no ínicio do episódio, antes do genérico claro está! Sim, porque o saguinho não volta a ver esses episódios, todos os dias inicia um novo na esperança de o conseguir ver até ao fim!

Mas ontem, foi diferente, de facto cometi a proeza de nas já avançadas horas da madrugada, algo entre as 01h e 02h da manhã, ter visto o episódio completo! Tendo em conta que cada episódio dura cerca de 40m, imaginem o que isto representa para mim, uma sensação vitoriosa tremenda!

Mas eis que algo, durante o dito episódio, acaba por deitar abaixo a sensação de satisfação vitoriosa que posteriormente senti, algo criado por mim claro, uma "disorder"...

Estava o meu querido Nick Stokes a confrontar um dos bad boys que liderava o gang que espancava imigrantes em Las Vegas, que por acaso era interpretado por esse paladino das actuações televisivas de seu nome K-Fed, esse mesmo o Biggest Winner, não pelo peso que perdeu, não pelo facto de ter arrebatado o coração dessa PopNastyPrincess de seu nome Brit, mas sim pelo peso que triplicou, estando agora irreconhecível e que, na série dava pelo nome de Pig, nada mais apropriado para o que aqui reflecti, quando eu, indignado com a crueldade e frieza do K-Fed, me saio com esta: "se fosse comigo levava já uma bisca na galheta"!!!

S88 logo me confrontou com a estupidez da minha afirmação, oportuna sim, e estúpida também!

Depois de uma barrigada de riso, logo me pus a reflectir sobre o que tinha acabado de dizer, chegando à conclusão com foi de facto uma afirmação sem nexo, estúpida e constrangedora.

Vejamos, na língua erudita e na linguagem corrente, "bisca" significa qualquer coisa como estalada, portanto, até aqui tudo bem, o rapazinho merecia mesmo levar uma estalada. O problema coloca-se quando o receptor dessa "bisca" (estalada) é a "galheta"! Pelos mesmos meios logo cheguei à conclusão de que "galheta", e espante-se agora caro leitor, também significa qualquer coisa como... ora deixa cá ver... estalada! Portanto é estúpido dizer-se que alguém merecia levar uma estalada na estalada! É o mesmo que dizer, levar um murro no soco! É parvo. 

Mas eu, envergonhado, dei por mim a tentar arranjar alguma justificação que desse sentido à minha afirmação. Passo número um, fui ao diccionário e verifiquei que "bisca" significa e passo a transcrever: designação de numerosos tipos de jogos de cartas. Nestes jogos, o sete do trunfo. Alusão satírica que se dirige a alguém. Pessoa hipócrita, patife. Ou seja nada de estalada, mas com algum sentido, na verdade no episódio K-Fed era um patife, e a "minha bisca" era dirigida a ele, agora já quanto ao jogo de cartas, não consigo associar nada, ainda se cada mão humana tivesse 7 dedos já dava para vê-la como trunfo!

É então que pesquiso a palavra galheta e encontro, também do diccionário o seguinte significado: Pequeno vaso de vidro em que se serve o azeite ou o vinagre nos serviços de mesa. Cada um dos recipientes em que se guardam a àgua ou o vinho para a missa. Instrumento de vidro, em forma de bilha de gargalo alongado, em uso nos laboratórios clínicos. E aqui cai por terra a minha esperança de dar algum sentido à minha afirmação.

Pois digamos que dizer: "se fosse comigo levava já uma alusão satírica que se dirige a alguém no instrumento de vidro em forma de bilha", não faz absolutamente sentido nenhum, ou então dizer: "se fosse comigo levava já o sete de trunfo no pequeno frasco de vidro que serve o azeite" também não me parece correcto.

Chego então à mesma conclusão do ínicio em que S88 me fez ver que o que tinha acabado de dizer era estúpido e não fazia sentido nenhum.

Pois, assim sou eu!

Despeço-me com vergonha, até ao próximo post...

... a origem do nome

Disorder, aplica-se na perfeição ao estado de espírito e atitudes que no meu íntimo revelo.

De maluco, a compulsivo, tenho a clara noção do quão ridiculo posso ser, e, ao mesmo tempo, quão assustadoras se tornam certas das minhas acções, completamente identificáveis como disturbios comportamentais.

Não sou eu que o digo, mas sim a minha querida namorada e companheira de vida, doravante designada por S88.

Disorder é também o título de uma música, e eu, como amante absoluto desta arte, não poderia deixar de titular o meu blog com uma homenagem e referência à música. Nascida em 1979, tal como o saguinho, Disorder é uma faixa do álbum de estreia dos Joy Division, intitulado Unknown Pleasures. A banda composta por Bernard Sumner, Peter Hook, Stephen Morris e o líder Ian Curtis, teve um curto período de vida devido ao disturbio do seu líder Ian, que se suicidou aos 23 anos. Ian, portanto, é também um bom exemplo de "disorder", que assenta assim que nem uma luva no meu blog, tornando este título perfeitamente enquadrado com o que pretendo reflectir, escrever e partilhar com vocês!

Enjoy...