sexta-feira, 10 de setembro de 2010

POST I... uma bisca na galheta!

Pois bem, ontem, encontrando-me nos meus aposentos, mais concretamente leito nocturno, estava eu a assistir a mais um dos infindáveis episódios do CSI Las Vegas, algo que faço religiosamente todos os dias ao deitar com a S88.
Contextualisando, de facto eu "nunca" ou "quase nunca" consigo assistir a um episódio completo desta série de culto, acabando por me entregar às profundezas do desconhecido antes de esta terminar, ou seja, adormeço "quase sempre". Isto, só por si, já é uma façanha, pois para ser verdadeiro, normalmente, acabo por apenas resistir até à entrada do genérico, esse espectacular "Who are you" dos grandes The Who, de Roger Daltrey e Pete Townshend.
Isto faz com que eu "quase nunca" acabe por saber quem é o assassino que levou a cabo as mortes que eu vi, no ínicio do episódio, antes do genérico claro está! Sim, porque o saguinho não volta a ver esses episódios, todos os dias inicia um novo na esperança de o conseguir ver até ao fim!
Mas ontem, foi diferente, de facto cometi a proeza de nas já avançadas horas da madrugada, algo entre as 01h e 02h da manhã, ter visto o episódio completo! Tendo em conta que cada episódio dura cerca de 40m, imaginem o que isto representa para mim, uma sensação vitoriosa tremenda!
Mas eis que algo, durante o dito episódio, acaba por deitar abaixo a sensação de satisfação vitoriosa que posteriormente senti, algo criado por mim claro, uma "disorder"...
Estava o meu querido Nick Stokes a confrontar um dos bad boys que liderava o gang que espancava imigrantes em Las Vegas, que por acaso era interpretado por esse paladino das actuações televisivas de seu nome K-Fed, esse mesmo o Biggest Winner, não pelo peso que perdeu, não pelo facto de ter arrebatado o coração dessa PopNastyPrincess de seu nome Brit, mas sim pelo peso que triplicou, estando agora irreconhecível e que, na série dava pelo nome de Pig, nada mais apropriado para o que aqui reflecti, quando eu, indignado com a crueldade e frieza do K-Fed, me saio com esta: "se fosse comigo levava já uma bisca na galheta"!!!
S88 logo me confrontou com a estupidez da minha afirmação, oportuna sim, e estúpida também!
Depois de uma barrigada de riso, logo me pus a reflectir sobre o que tinha acabado de dizer, chegando à conclusão com foi de facto uma afirmação sem nexo, estúpida e constrangedora.
Vejamos, na língua erudita e na linguagem corrente, "bisca" significa qualquer coisa como estalada, portanto, até aqui tudo bem, o rapazinho merecia mesmo levar uma estalada. O problema coloca-se quando o receptor dessa "bisca" (estalada) é a "galheta"! Pelos mesmos meios logo cheguei à conclusão de que "galheta", e espante-se agora caro leitor, também significa qualquer coisa como... ora deixa cá ver... estalada! Portanto é estúpido dizer-se que alguém merecia levar uma estalada na estalada! É o mesmo que dizer, levar um murro no soco! É parvo. 
Mas eu, envergonhado, dei por mim a tentar arranjar alguma justificação que desse sentido à minha afirmação. Passo número um, fui ao diccionário e verifiquei que "bisca" significa e passo a transcrever: designação de numerosos tipos de jogos de cartas. Nestes jogos, o sete do trunfo. Alusão satírica que se dirige a alguém. Pessoa hipócrita, patife. Ou seja nada de estalada, mas com algum sentido, na verdade no episódio K-Fed era um patife, e a "minha bisca" era dirigida a ele, agora já quanto ao jogo de cartas, não consigo associar nada, ainda se cada mão humana tivesse 7 dedos já dava para vê-la como trunfo!
É então que pesquiso a palavra galheta e encontro, também do diccionário o seguinte significado: Pequeno vaso de vidro em que se serve o azeite ou o vinagre nos serviços de mesa. Cada um dos recipientes em que se guardam a àgua ou o vinho para a missa. Instrumento de vidro, em forma de bilha de gargalo alongado, em uso nos laboratórios clínicos. E aqui cai por terra a minha esperança de dar algum sentido à minha afirmação.
Pois digamos que dizer: "se fosse comigo levava já uma alusão satírica que se dirige a alguém no instrumento de vidro em forma de bilha", não faz absolutamente sentido nenhum, ou então dizer: "se fosse comigo levava já o sete de trunfo no pequeno frasco de vidro que serve o azeite" também não me parece correcto.
Chego então à mesma conclusão do ínicio em que S88 me fez ver que o que tinha acabado de dizer era estúpido e não fazia sentido nenhum.
Pois, assim sou eu!
Despeço-me com vergonha, até ao próximo post...

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